My father died when I was only 6 years old. I did not learn much about him until recently. He died in 1986 of Cancer.
Recently I found a box filled with my fathers military information of his time in the Portuguese Military from 1967-1969, He served his time in Catio Guinea, Africa.
I have since discovered that during his time in Catio he fathered a baby boy with one of the local women sometime between 1967-1969.
He is my half brother and I am looking for him.
Thanks to technology and the internet in last month I was able to find out more information about my father's time in the military.
What we know…
- We know that he was in Catio, Guinea Africa between 1967-1969.
- My father’s name was Julio Marques Tavares but was better known by his nickname Madragoa.
- My grandmother (my father’s mother) was aware of this child and up until her death (also in 1986) would send the baby’s mother money to help the babies’ mother raise her first grandchild.
Below is information that I have gathered from other comrades I have been able to find in my quest to find my lost half brother ( In Portuguese)
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Querida Marisa, meu caro Luis Graça:
Vamos ver o que consigo dizer sobre as fotografias que a Marisa, filha do Júlio Tavares nos presenteou.
Vê por favor o que consegues aproveitar, não estou certo de ter escolhido a melhor forma de as comentar.
Antes e para começar, um pouco e história:
O Júlio Marques Tavares era Soldado Condutor Auto nº 06255566 da CCS do BART1913, que embarcou a 26 de Abril de 1967 no NM UIGE, tendo chegado à Guiné na manhã de 1 de Maio.
Desembarcados directamente do Uige para barcaças de transporte, seguimos até Bolama onde pernoitámos aguardando a maré, prosseguindo ao alvorecer o nosso destino para sul até Catió na região do Tombali, onde chegámos às 15H00 do dia 2 de Março, (este trajecto foi feito sem qualquer escolta e a única arma a bordo era uma pistola 6.75 do Cap. Botelho). Aqui ficámos até 17 de Fevereiro de 1969, data em que embarcados no cais do porto exterior de Catió no rio Cagopere a bordo da LDG 101 – Alfange, regressaram a Bissau.
Aqui, o BArt reagrupou com as restantes companhias e terminaríamos a comissão embarcando novamente no Uige na tarde de 2 de Março, levantando ferro com destino a Lisboa às 00H00 do dia 3 e onde chegamos a 9 do mesmo mês pela manhã, seguindo de comboio para V.N. de Gaia (RAP2), onde se chegou a princípio da tarde.
Depois de entrega do espólio, todos recebemos um passaporte de licença por 21 dias e uma requisição de transporte para o tão desejado regresso a casa.
Passámos à disponibilidade em 1 de Abril de 1969.
Dos registos na História do Batalhão consta que o Júlio Tavares foi louvado pelo comandante do batalhão em 25 de Novembro de 1968.
A resposta que esperava do camarada Fernado Graça, a quem pedi para falar sobre o Júlio, acabou por chegar só hoje, ao que parece andou perdida pela rede pois o endereço antes usado estava incorrecto e voltava à caixa dele.
Aqui fica então o que o Fernando, há distância de mais de quarenta anos, consegue recordar sobre o Júlio:
Caro amigo Vítor Condeço,
A razão desta mensagem é para falar sobre o soldado condutor auto Júlio Tavares que fez parte da CCS do BART1913 estacionada em Catió.
Este amigo era conhecido por Madragoa, era um homem bem disposto, reinadio e bom camarada.
A alguns condutores (tínhamos 24 na CCS) foram distribuídas as poucas viaturas existentes, o Madragoa conduzia uma GMC, outros camaradas tinham os Unimog 404 e o 411, a M. Benz, e os Jeeps.
Quando havia coluna de reabastecimento de Catió para Cufar todos os carros de grande porte faziam o trajecto entre estes dois aquartelamentos, operação que durava todo dia. Os abastecimentos vindos de Bissau em barcos apoiados pela marinha, quando chegavam ao cais velho de Catió, (I) as viaturas eram carregadas e seguiam rumo a Cufar, o nosso amigo Madragoa assim como outros camaradas condutores lá alinhavam nos seus “mustangues”.
Enquanto os sapadores picavam a estrada, outros camaradas montavam segurança, o dia era passado numa azafama por razões obvias, creio que a viatura do Madragoa ou a do Fontes um camarada de Famalicão tinham sobre os guarda lamas, nos estribos e no próprio chão da cabine do condutor, sacos de areia para amortecer o impacto do rebentamento de alguma mina que não fosse detectada.
O nosso amigo Madragoa também fez umas comissões de serviço em Ganjola, um pequeno destacamento a uns quatro km de Catió, era obrigatório fazer um mês neste destacamento, mas havia quem ficasse por lá mais tempo do que o habitual.
O Madragoa quase no fim da nossa comissão, talvez dois meses antes, escreveu umas milongas (II) aos seus familiares a pedir dinheiro.
Foram dois meses a tirar a barriguinha da miséria, bifes com batatas fritas no bar Catió e no outro bar que ficava em frente ao quartel do qual não me recordo o nome. (III)
Foi um manjar de deuses e brutas pielas. Fez bem o nosso amigo, porque quase dois anos de feijão-frade com atum de salmoura em barrica, arroz com calhaus que quase nos partiam os dentes e outras mistelas já bastavam.
E por isso, houve mosquitos por cordas quando fizemos um levantamento de rancho!
Quando chovia torrencialmente o nosso amigo Madragoa não se fardava metia a capa impermeável camuflada pela cabeça, as botas e lá andava ele na sua GMC.
Envio-te esta mensagem a contar estes pequenos nadas, mas muito significativos para nós, que os vivemos.
Faz chegar à filha do nosso camarada MADRAGOA este lembrar do que passamos há quarenta e três anos.
(I) - Porto Interior
(II) - Falsas histórias
(III) - Era a Cantina do Sr. Mota
Com um grande abraço do
Fernando Graça
Ex-Sold. Cond.
CCS/BART1913
Guiné - Catió 1967/69
Dear Marisa:
ReplyDeleteIn order to help you in our blog... Do you have some contact, name, adress, phone number, concerning the African family of your brother ? I suppose no...
If he survives (one out of five children dies before age five, in Guinea-Bissau) and if he is still living in Guinea-Bissau, he sould be 42 years old...
If I have understood you, until 1986 your grandmother, living in Portugal, "would send some money to help her first grandchild's mother"... Is it correct ? We are proud of you.
Best wishes / Saudações
Luis Graça & Camaradas da Guine
luis.graca.prof@gmail.com
Simply I want to say that I passed for the Guiné one years before the Madragoua comrade, and for destination also I walked for Canadian lands 18 years. Moan the premature death of the Madragoua comrade and desire that its son Marisa finds its half brother who its father deichou in the Guiné
ReplyDeleteRelativamente ao apelo de Marisa Tavares (filha de um falecido veterano da CCS/BArt1913), publicado em
ReplyDeletehttp://ultramar.forumeiros.com/t347-apelo-de-marisa-tavares-filha-do-veterano-julio-marques-tavares
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contactos de militares de diversas subunidades, que, entre 02 de Maio de 1967 e 04 de Agosto de 1974, estiveram aquarteladas em Catió:
- Alberto A. Branquinho [CArt1689/BArt1913]
- Alcides Moreira da Silva [CCS/BArt1913]
- António Báia [PelInt9288]
- António José Pereira da Costa [CArt1689/BArt1913]
- António Luís Moreira Júlio Freire [CCS/BArt1913]
- António Pedro Miranda [CArt1689/BArt1913] tlf 255432914 / 255437115
- Carlos A. S. Marques de Oliveira [PelMort2115] reside na Portela de Sintra
- Carlos Rodrigues Marques [organizador de convívios do BArt1913] tlf 262789472 / 262782773
- Fernando A. S. Franco [PelInt9288]
- João F. Silva [CCS/BArt2865] tlf 236623900
- João José Duarte Lourenço [PelInt9288]
- Joaquim Vladimiro Sá Madureira [CCS/BCac4510/72]
- Jorge S. T. R. Teixeira [PelCanh2054]
- José Dias da Silva Valinho [CCS/BArt2865] tlf 234521310 / 234524865
- José Ferreira da Silva [CArt1689/BArt1913]
- José João Delgado Pedro [3ª/BCav8320/72]
- José Maria Ferreira do Amaral Bernardo [CCS/BCac2930]
- Manuel Abreu Machado [CCS/BArt2865] reside em Guimarães
- Pedro José da Rocha Pais [CCS/BCac2930]
- Teotónio Pereira [organizador de convívios do BArt1913] tlf 258809840
- Victor Rodrigues Monteiro [PelMort4273/72] (endereço desconhecido) contactar
também no supra referido período de tempo, as seguintes subunidades estiveram aquarteladas em Catió: CCac1788, CCac2792, CArt2476, CArt6251/72, CCS/BCac4510/73, PelRec2045, PelRec2205, PelMort1209, PelMort2295, PelCanh2200, PelCanh3080.
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Marisa,
ReplyDeleteEsta minha ingerência no seu Blog tem por finalidade mencionar pessoas ou grupos que poderão ser uteis na procura de encontrar do seu meio-irmão.
Tenho contactos com pessoas que estiveram na Guerra Colonial na Guiné e até são da Madragoa e os familiares de Pardilhó. Os meus pais também sâo de Pardilhó e o meu avô materno, até se chamava Casimiro Távares. Também conheco membros da família Marques de Pardilhó. Um tio meu casou-se uma mulher dessa família.
A pessoa que teve na Guiné como combatente:
joaomaria.pereiradacosta@gmail.com
Também se encontra na Facebook com o nome de: João Pereira da Costa.
Procure na Facebook o mural com este nome:GUERRA COLONIAL PORTUGUESA 1961 - 1974.
Também há aa Facebook um Grupo de gente de Pardilhó e arredores. Nesse grupo, há algumas pessoas da idade do seu pai e da Madragoa. Talvez amigos de infância? O grupo denomina-se "Os Pardilhoense".
Desejo-lhe muito sucesso na sua investigação.
Com simpatia me despeço,
Pedro de Almeida Ramos
Olá Marisa!O meu nome é António.
ReplyDeleteEstou completamente "arrepiado" por ver as fotos do meu querido amigo de infancia JÚLIO. Ele nasceu e viveu na Rua Vicente Borga, nº. 93 mesmo ao lado de mim, na Madragoa. Crescemos juntos embora Ele fosse mais velho que eu. Éramos muito amigos. Os pais dele eram a Maria Barrega e o Alfredo.
Casou foi com a mulher para o Canadá e nunca masi o vi. Entretanto informaram-me que Ele tinha perecido, o que muito me transtornou.
Na altura penso que tinha um filho e, agora diz-me...és filha Dele?! O Júlio esteve na Guiné, serviço militar e eu muito mais tarde estive em Angola.
Fala-me de Ti e Dele!
Desejo que sejas muito feliz